quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Sabe lá o que uma baixinha vai causar



As baixinhas (XY)

Desculpem, mas estava de férias.
Muita coisa rolou em minha cabeça, principalmente uma frase de meu irmão: “As baixinhas são mais profundas...”

Voltei!

Primeiro ato:
O caminhar 
Caminhava Eu pelas ruas de Curitiba, um lugar onde as pessoas costumam te ignorar. Será bom? Talvez eu não faça o padrão, por isso me ignoram, ou será que os/as curitibanos têm a vergonha do olhar? Do espreitar... Coisa tão boa, mas que alguns ainda trazem no peito o medo do emigrar...
Talvez ainda sujeitos, que no rejeito, se sinto a incomodar.
Bem, voltando ao caminhar... Quando caminho, observo, pois é uma coisa que adoro fazer: Prestar atenção aos que passam, aos pedestres e a beleza de curtir essa cidade tão linda que um dia resolvi habitar, por isso, adoro aqui estar e caminhar.
Segundo ato:
O caminho
Ia para o trabalho: mochila nas costas, o novo tênis e a nova calça jeans. Tentava pegar o ônibus mais longínquo possível, pois preciso fazer isso, no mínimo 20 minutos duas vezes por semana, quiçá fosse bom, por dia, quando, mais uma vez, comecei a reparar nas mulheres que levantam cedo e vão trabalhar...
 A minha tinha acabado de me deixar na Murici (é uma rua) para poder trabalhar$, e eu, tinha duas opções: Pegar na Deodoro ou na Praça do Avião... Quem conhece Curitiba, sabe do que estou falando, pois os ônibus que me levariam ao campus seriam dois: Centro Politécnico ou Centenário, são ônibus que me deixam na porta, ou quase, do trabalho.
Terceiro ato:
O problema
O primeiro tubo, parada para o “ligeirinho”, era “mais fácil”, pois é mais perto e sem subidas, mas, naquele ponto a cobradora não dá bom dia a ninguém... Só lê a Bíblia, parece que as pessoas não existem. A segunda cobradora não!
A do Avião é muita simpática e, nas quartas-feiras, tem até uma feira livre de produtos orgânicos na praça. Quando paro ali, antes de embarcar, compro algumas frutas e distribuo aos amigos no trabalhar. Que maravilha! E, ainda, me faz caminhar uns 20 minutos após beijar e deixar minha baixinha na Murici. É um trajeto mais tortuoso, como chegar de joelhos a Candelária. Mas vamos lá...
Pois é... Neste trajeto vejo muitas mulheres, assim como no lugar que trabalho. Afinal, sou professor de nutrição. E, não sei por que, elas assustam, pois conto nos dedos os alunos (homens) que tive.
Quanto as mulheres prendi com o tempo, ou melhor, desde criança a admirá-las, respeitá-las... Por isso escrevo para e por elas...
Pois pra mim todas elas são belas. Majestosas, mas perigosas:

Mulheres nuas, mulheres cruas.
Mulheres minhas e suas
Mulheres sós.

Mulheres altas, vistosas
Olhe as Giseles!
Mulheres majestosas
Lindas!

Mas as baixinhas...

Quarto ato:
As baixinhas
"Ah... as baixinhas são mais profundas". Diria Zé, meu irmão, na sua maior sabedoria em amá-las. O doido é que até hoje, encaro essa sua metáfora como verdade.
As baixinhas são especiais: carinhosas, fogosas e, acima de tudo, nervosas. Não queira ver uma baixinha furiosa.
Mas engraçado... Até seus atos de fúria são carinhosos, pois elas sempre têm alguma razão. Nestes momentos elas defendem seus ideais com “unhas e dentes”. Aí, meu amigo, sai de baixo. Porque elas atropelam e massacram; te deixa acabado, arrasado...
Elas são tão cruéis que, sabendo disso, do teu estado de espírito, mas te perdoam, pois sabem que és tão importante ao ponto de compreendê-las.  Aí! Aí, meu velho... Elas mostram o que sabem do eterno amar: Acarinham-te, te bajulam e te deixam o homem mais importante do mundo, ou seja, te amam como ninguém: Pegam-te de surpresa, no almoço, na janta, no meio da noite e, principalmente, ao acordar...
Ah... As baixinhas...
Normalmente cochudas, tarracudas, sensuais.
Ah... As baixinhas... Às vezes se transformam e até ficam altas.
São mulheres lindas; que arriscaria em dizer: Perfeitas.
Desculpem as medianas, mas...
Ah... Ainda bem que existem as baixinhas, pois sem elas eu não saberia a arte do cozinhar.
Ivan

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