Preocupado não só com minhas dívidas, escrevo para meus amigos árabes e judeus.
Aqueles que aprendi amar e respeitar.
Essa noite acordei, muito cedo. Fazia
muito tempo que não perdia o sono.
Na cama, fiquei ruminando sobre uma pequena coisa que
se transformou em banalidade: a vida.
Não sei se fui influenciado com as
notícias destas últimas semanas, ou se eu já previa que se instalaria o Caos em
algum momento.
Não sou esperto em política internacional,
mas tenho pelo menos ideia e a sensibilidade de como vivem os seres humanos. No como é difícil convivência entre nós.
Na maioria das vezes, me parece que as pessoas se aturam; talvez isso explique esse mundo virtual. As relações estão falidas! Inclusive quando nos escondemos atrás de máquinas para falar o que bem entendemos e agredirmos a quem quisermos. Sintoma?
Na maioria das vezes, me parece que as pessoas se aturam; talvez isso explique esse mundo virtual. As relações estão falidas! Inclusive quando nos escondemos atrás de máquinas para falar o que bem entendemos e agredirmos a quem quisermos. Sintoma?
Ontem, mesmo não assistindo noticiários de
TV, pois me nego por opção. Nas rápidas passagens pela internet, fazem-me pensar
que mesmo após aposentadoria, não consigo deixar de ser político, ou melhor, macaco político.
Aí me envergonho de tudo que nos rodeia. É fato que não adianta ficar em casulo, porque o mundo vem até nós.
Às vezes, tento me desligar ao máximo da
comunicação: tento olhar pouco a internet, pois na maioria das vezes fico assustado
só com as manchetes. Passo a abrir muito pouco meus recados postais, deixo de
atender telefone e me apago da rede “social”, sim é de propósito que coloco aspas. Rede boa de estar está numa varanda no sul do Ceará. Mesmo assim, concordo com que imaginaria meu mestre Maurice Halbwachs, é impossível estar só,
mesmo achando estar sozinho.
Mas, nesse momento,se torna impossível não vir a cabeça Rússia,
Israel, Malásia, Ucrânia e outros que não querem aparecer, como os EUA, por
exemplo.
Não me atreveria em contabilizar o número
de mortes violentas nesta última semana. Isto sem contar com nossas
estatísticas, que não precisaríamos ir muito longe, bastaria contar a região de
Curitiba, onde moro. Mas foram várias, várias mortes sob incontroláveis bombardeios e
sob sumiço (Inex)explicáveis de aviões comerciais. É muita gente pacífica
sendo morta por ganâncias que só eles podem explicar o porquê. Será? Ou só se
trata de selvageria (termo que trato hoje com muito cuidado, pois vejo muito
mais amor nos “selvagens”).
Sem querer ser niilista, mas sendo, vejo a
eminência de um distúrbio global muito grande. Será que chegamos a um ponto
crucial de tolerância? Será que precisamos de uma grande explosão para pensar
em mudar? Será que a paz é possível? Ou melhor, existe? E não adianta vir com
palavras milagrosas de auto-ajuda, como, “fique em paz consigo mesmo, que a paz
irá reinar”. Fodam-se!
Nasci sem preocupação com o dinheiro, pois
não tínhamos mesmo... Sobrevivi.
Talvez porque sempre vivi, e vivo, rodeado de muito
amor e alegria. Onde nasci, por exemplo, as comunidades árabes e judaicas sempre
conviveram em paz. Tive e tenho muitos amigos lá, que nos criamos juntos em
harmonia. Aprendi a respeitar os diferentes feriados religiosos de meus
parceiros, assim como eles respeitavam os meus. Discordando de mim mesmo, a paz
é possível, basta querer.
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