sábado, 3 de setembro de 2011

Dificuldade de pensar

Dificuldade de escrever, mesmo tendo máquina (ou no dia que o índio se formou)

Estar na frente da máquina de escrever, mas o quê?
Aprender as teclas, mesmo que inversas e sem conversa.
Trocar as mãos, como se fosse um rato que bate os dois dedos, somente dois coçando o nariz
Mas o que esses dois podem fazer? Além do escrever e coçar?
Não sei, pois vai muito além do mecanizar,
Pois escrever faz a cabeça mexer e espero que não faça mais nada crescer, pois o cérebro pode vir a falecer.
O dedo, sim, este pode, pois faz parte das mãos, ou os todos fazem? Serão objetos sexuais, além de teimarmos em chupá-los quando acaba um bom doce ou um churrasco?
Estes elevam o coçar, o bater, o acariciar... Oh! Enfim, são dedos... Só das mãos? – Não! Pois quem não teve o prazer do calor no frio os dedos do pé a enroscar.
PS: Em fila, ou bicha, os dedos dos pés são uma academia para relaxar: Basta estar em pé e colocá-los a trabalhar: Encolhê-los e espichar; encolhê-los e espichar... Tu vais ver que até a coluna vai desentesar.
Seja a ti ou no só mesmo, os dedos te fazem muita coisa, até fantasiar. Mas agora, e muitas vezes, me fazem pensar, mesmo que isso se pense não relacionar.
Assim, como um robô, rôo as unhas e bato os dedos na mesa, na caixinha de fósforos, ou em qualquer lugar. É o prazer que os dedos fazem gozar. Ah! Se não fossem eles, o que seria de nós?
Os dedos, sem segredos vivem, mas com a habilidade difícil de aprender, e alguns até os desconhecem, mas vão lembrá-los na solidão.
Teimo em achar que a função dos mesmos é o coçar,mas meu maior prazer é vê-los, senti-los no amar, mas aí... Só quando o tempo e o dia-a-dia deixar.
Aos dedos, que além de narizes muito tem a encontrar, saúde! Pra não precisar decepar.
Viva sem dedos para ver no que vai dar, mesmo que só dois para poder teclar, o que antes era o falar.
Que hoje, qualquer um pode fazer, mas tem que fazer os dedos te botar a pensar.
Escrever o quê?
Escrever pra quê?
Acho que hoje não vai dar... Meus dedos não conseguem pensar.
Ivan
03/09/2011

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